quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

É 'inadmissível' e 'inaceitável' agredir a Justiça, diz Cármen Lúcia ao abrir o ano do Judiciário

Ela não mencionou o PT, mas fala foi uma resposta ao partido, que chamou a condenação de Lula de 'farsa judicial'. Além disso, integrantes da legenda vêm pregando 'desrespeito a decisões judiciais'


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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, abriu nesta quinta-feira (1º) os trabalhos do Judiciário em 2018 com um discurso em defesa da Justiça. Ela disse ser “inadmissível e inaceitável” atacar a instituição.

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Cármen Lúcia não citou um caso específico do que ela tenha considerado como desacato à Justiça, mas a fala dela foi uma resposta ao PT. Na semana passada, após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), aliados do político contestaram a legitimidade da decisão. Em nota o PT, partido de Lula, classificou o julgamento como uma "farsa judicial". Além disso, integrantes da legenda vêm pregando "desrespeito a decisões judiciais".

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Olha o ministro ai de novo com a criminoso temer.....
No discurso, Cármen Lúcia ressaltou que uma pessoa pode até discordar de uma decisão judicial, mas deve fazer a reclamação dentro dos "meios legais". Para ela, "justiça individual" é vingança.

“Pode-se ser favorável ou desfavorável a decisão judicial pela qual se aplica o direito. Pode-se buscar reformar a decisão judicial, pelos meios legais e pelos juízos competentes. O que é inadmissível e inaceitável é desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la. Justiça individual fora do direito não é justiça, senão vingança ou ato de força pessoal.”


Ela afirmou que a Justiça não é "ideal", é humana. Mas a ministra ressaltou que é a Justiça a instituição à disposição de cada cidadão para garantir a paz. Segundo Cármen Lúcia, deve haver um juiz para proteger os direitos dos nossos "adversos", e assim haverá também um para assegurar os nossos direitos.

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O Supremo ter um ministro como esse que e amigo de Aécio neves...!


PF aponta 43 ligações entre Aécio e Gilmar Mendes em dois meses ...


"O Judiciário aplica a Constituição e a lei. Não é a Justiça ideal, é a humana, posta à disposição de cada cidadão para garantir a paz. Paz que é o contínuo dos homens e das instituições. Se não houver um juiz a proteger a lei para os nossos adversos, não haverá um para nos proteger no que acreditamos ser o nosso direito."
Brasília - O presidente Michel Temere a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármem Lúcia participam da sessão especial de abertura do Ano Judiciário 2018 (Marcos Correa/PR)
 Brasília - O presidente Michel Temer e a presidente do Supremo Tribunal Federal, 
Cármen Lúcia
Cármen Lúcia: "Justiça individual fora do direito não é justiça"


A solenidade, realizada no plenário do STF, contou com a presença do presidente Michel Temer; dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE); da procuradora-geral da República, Raquel Dodge; do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia; além de ministros e outras autoridades dos três poderes.

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Que moral ela tem.....!
Abraçando um criminoso.....protegendo ele....


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Em sua fala Cármen Lúcia também enalteceu o papel da Constituição, das leis e da Justiça em momentos de crise. Ela disse esperar que os cidadãos saibam conviver com responsabilidade e zelar pela liberdade.

"Convém e espera-se que cada cidadão brasileiro atue para que a liberdade que a Constituição assegura seja exercida com a responsabilidade que o viver com o outro impõe. Sem liberdade não há democracia. Sem responsabilidade não há ordem. Sem Justiça não há paz."


Segundo a ministra, a civilização é construída com o respeito às pessoas que pensam diferente. Ela disse que o mau exemplo no descumprimento da lei "contamina e compromete" a sociedade.

“O respeito à Constituição e à lei para o outro é a garantia do direito para cada um de nós cidadãos. A nós, servidores públicos, o acatamento irrestrito à lei é impor-se como dever. Constitui o mau exemplo o descumprimento da lei, e o mau exemplo contamina e compromete. Civilização constrói-se sempre com respeito às pessoas que pensem igual e diferente. Constrói-se com respeito às leis vigentes.”


A cerimônia durou cerca de 20 minutos. O presidente Michel Temer não discursou, assim como nenhum outro político.



Veja a íntegra do discurso de Cármen Lúcia na cerimônia de abertura do ano judiciário

Procuradora-geral falou de violência urbana e Justiça


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também discursou no evento. Ela citou problemas na segurança pública do país e também defendeu o papel da Justiça no avanço da sociedade.



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Janot e advogado de Joesley se enc


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Ministro Dias Toffoli é flagrado com lí


"O Ministério Público irmana-se ao sentimento dos membros desta Augusta Corte, que reconhecem que vivenciamos os brasileiros a dura realidade de aumento da violência urbana, de corrupção ainda disseminada, de crise nas prisões e de sentimento de impunidade."

Dodge ressaltou que os "olhos do país" estão voltados para a Justiça e que o Ministério Público vai agir "firmemente" para "endireitar" os atos daqueles que desviam dinheiro público.

"Os olhos do país e o coração de todo o povo observam e sentem o que pensam e decidem os órgãos do sistema de justiça, com a atenção que nos impulsiona, no Ministério Público, a agir firmemente em nome do interesse público, a encontrar caminhos que façam chegar justiça aos mais necessitados e a endireitar os atos tortuosos dos que desviam dinheiro público."


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E ainda proteger esse criminoso.......!

Ela também defendeu a prisão após condenação em segunda instância. O tema voltou à discussão após a condenação de Lula. Para Dodge, a prisão após segunda instância "evita a impunidade".


"O Ministério Público tem agido e pretende continuar a agir com o propósito de buscar resolutividade, para que a Justiça seja bem distribuída; para que haja o cumprimento da sentença criminal após o duplo grau de jurisdição, que evita impunidade; para defender a dignidade humana, de modo a erradicar a escravidão moderna, a discriminação que causa infelicidade, e para assegurar acesso à educação, à saúde e a serviços públicos de qualidade."
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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, discursou como representante da advocacia. Ele afirmou que nações, como o Brasil, que passaram por momentos de “crises, desarranjos institucionais, perplexidades, dilemas morais e existenciais’, saem desses ciclos de maneira mais madura, consciente e fortalecida.
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Em seguida, chamou a atenção pela cobrança da sociedade por mais ética na esfera pública e o poder do Judiciário para o “saneamento das instituições”. Assim como Cármen Lúcia, Lamachia criticou ataques à Justiça.


“Não se questiona o direito constitucional à crítica, mas ele não pode derivar para agressões e linchamentos físicos e morais, como eventualmente tem ocorrido. Igualmente, assistimos a tentativas inaceitáveis de constranger e influenciar magistrados por meio de pressão política, em flagrante desrespeito à independência do Judiciário”, afirmou.

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Na saída do STF, questionado por jornalistas, o presidente da Câmara discordou da fala de Lamachia sobre pressão política.
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“Eu respeito, mas acho que a relação entre os poderes tem sido de bom diálogo. Da Câmara, pelo menos, do Senado, com certeza, e do Executivo também”, disse Rodrigo Maia.


disse Rodrigo Maia.
Rodrigo Maia disse que não vê pressão política sobre o Judiciário

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