sexta-feira, 2 de maio de 2014

Armas roubadas de Central de Escolta da Grande BH são recuperadas


90% do armamento foi encontrado, segundo delegado Wanderson Gomes
Do R7 com Record Minas
90% do armamento foi recuperadoPolícia Civil/Divulgação
Central de Escoltas foi invadida no dia 24 de março deste anoRecord Minas
A polícia recuperou 39 das 45 armas roubadas da Central de Escoltas da Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi recuperada.
Ao todo, 90% do armamento foi encontrado, após longa investigação de integrantes da Deoesp (Divisão Especializada de Operações Especiais). A informação foi confirmada pelo delegado Wanderson Gomes, chefe da Deoesp, nesta segunda-feira (21).
— Já estávamos investigando o caso há 27 dias e, durante o feriado, intensificamos os trabalhos para chegar até aos suspeitos e recuperar o armamento. As armas foram encontradas em quatro diferentes endereços de Ribeirão das Neves.
Após roubo de armas, Centrais de Escolta terão câmeras de segurança

Entre os quatro suspeitos presos está o agente penitenciário acusado de dopar os demais colegas no dia do crime, para facilitar o roubo do armamento. Um quinto suspeito ainda está foragido, pois não foi encontrado em sua casa durante a abordagem dos policiais. No local, no entanto, foi recuperada parte das armas.

Segundo o delegado, a venda das armas já estava sendo negociada pelos envolvidos.  Todas as pistolas roubadas eram de calibre .40 e estavam sendo oferecidas por valores que variavam entre R$ 4.000 e R$ 5.000. Já a venda de duas submetralhadoras estava sendo negociada por R$ 21 mil.
Além das seis submetralhadoras e das 33 pistolas, também foram recuperados 198 cartuchos calibre 12, 160 cartuchos de calibre 556, 1.130 de .40 e 97 carregadores.
O roubo

As armas foram roubadas no dia 24 de março deste ano, quando 39 pistolas e seis submetralhadoras foram levadas pelos criminosos,  de acordo com a assessoria da Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social).

Nove agentes penitenciários que vigiavam o forte armamento podem ter sido dopados com a comida fornecida na prisão pela empresa Stillus, que fornece a alimentação para a unidade. A suspeita é que limonadas e saladas de frutas tivessem algum tipo de tranquilizante. Outra suspeita levantada na época é que algum funcionário tenha levado o alimento contaminado de casa e oferecido aos colegas.

Os plantonistas foram encontrados dormindo ou passando mal por colegas de trabalho que os renderiam no turno da manhã. O fato de agentes de outras partes do presídio não terem passado mal com a comida reforça a suspeita de que algum funcionário possa ter adicionado drogas ao lanche destinado aos guardas. Todos os envolvidos foram levados para o IML (Instituto Médico-Legal) para a realização de exames para determinar a substância e em qual alimento ela foi misturada.

Duas horas depois do lanche, criminosos invadiram o galpão que concentra o armamento destinado à escolta do sistema prisional de Ribeirão das Neves. O local é repleto de munições e armas de grosso calibre por conta desta integração.

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