A superlotação na carceragem teria sido um dos motivos da transferência dos presos para uma unidade com infraestrutura mais adequada para o desenvolvimento das atividades de ressocialização dos presos.
Outra iniciativa dos governantes, já em nível estadual e federal, era retirar as unidades prisionais do perímetro urbano dos municípios. Em várias situações, moradores do entorno das cadeias chegavam a fazer abaixo-assinados, além de reclamações diversas, pedindo a mudança de endereço das instituições prisionais, alegando medo de rebeliões e possíveis fugas de presos.

Porém, depois de desativada...
Há quem reclame da mudança do presídio, alegando paradoxalmente que a marginalidade aumentou na região. Segundo Dona Hélia, que por décadas habita o entorno da antiga cadeia pública de Teófilo Otoni, situada na região central, roubos e furtos de jóias e celulares agora são constantes no local. “Quando a cadeia funcionava os moradores viviam mais tranqüilos e sossegados. Tem mais de 20 anos que moro aqui, e a cadeia nos dava mais segurança porque tinha policiamento o tempo todo”, disse.
O imóvel está abandonado, com vidros quebrados, mato e entulho por todos os lados. Para Dona Hélia, o ideal seria demolir o prédio e construir uma pracinha para a comunidade, pois segundo ela usuários de droga acabam utilizando o espaço para se drogarem. Ela conta ainda que as caixas d’água que ainda permanecem no antigo presídio servem como depósito e proliferação do mosquito da dengue. “Sem contar que o acúmulo de lixo tem feito os ratos tomarem conta disso aí”, denuncia.


Diário de Teofilo Otoni